UM BISPO BENEDITINO

O Bispo Gregor Maria Hanke foi, por muito tempo, o único religioso na Conferência dos Bispos Alemães. (Agora são três.) Sua diocese de Eichstätt tem uma antiga tradição beneditina: foi fundada pelo beneditino anglo-saxão Willibald. A Abadia de St. Walburga é um lugar significativo de vida monástica ininterrupta. A identidade beneditina de Hanke sempre permaneceu muito visível, sobretudo porque ele frequentemente usava o hábito monástico não só em particular, mas também em muitas ocasiões oficiais.

No início de seu episcopado, ele trouxe muitas preocupações de seu mosteiro de Plankstetten para a Diocese de Eichstätt, acima de tudo uma forte orientação ecológica. Por interesse pessoal e em continuação de uma tradição local mais antiga, ele promoveu os estudos de membros das Igrejas Bizantinas no Collegium Orientale, que floresceu novamente durante seu mandato. Ao fazê-lo, o Bispo Hanke levou adiante uma dimensão da vida eclesial que tem sido confiada de maneira especial aos beneditinos por mais de cem anos.

Nos últimos cinco anos, o Bispo Hanke também tem atuado dentro da Ordem Beneditina em nome de Maria Laach, primeiro como Visitador Apostólico e, mais recentemente, como assistente espiritual.

Nossa tradição monástica também inclui um forte senso de autonomia. O Bispo Hanke estava frequentemente entre a minoria de bispos que não apoiavam as decisões da maioria da Conferência dos Bispos Alemães.

Muito beneditina, também, era a maneira tranquila e ponderada do Bispo Hanke. Ele não é um homem barulhento ou enérgico, mas alguém que fala em tons comedidos. Isso certamente não facilitou seu serviço episcopal. Sua renúncia antes de atingir a idade canônica de aposentadoria para bispos talvez também reflita essas circunstâncias.

Ele quer continuar a servir como pastor e, suspeitamos, também viver novamente mais como um monge. Desejamos-lhe um ministério frutífero e um pouco do "vacare Deo" que certamente esteve em falta durante seus anos episcopais.